Xikipedia

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Sunday, May 08, 2011

Carta aberta ao Povo Finlandês.

Carta aberta ao Povo Finlandês.

Encontrei por bem contar aqui os pormenores de uma história que, por muito que pareça pertencer ao passado, tão facilmente nos lembra a todos das travessuras partidas de que a História é capaz de pregar. E por muito incompreensível que possa parecer, as travessuras e partidas que a História às vezes prega, surpreendem em especial aqueles com a memória mais curta.

O local foi Lisboa, e o ano, 1940, mais concretamente o trigésimo nono dia após o final da primeira e heróica guerra combatida pelo perseverante povo Finlandês contra a tentativa estrangeira de apagar a vossa pequena nação do mapa dos países livres e independentes da Europa. A Guerra do Inverno na qual a Finlândia contrariamente ao que todos julgavam poder ser possível derrotou o bolchevismo o imperialismo Russo, teve na altura um impacto muito maior do que o que julga hoje a maior parte dos finlandeses.

Os gritos de sofrimento e os horrores da primeira guerra Russo-Finlandesa e os terríveis sacrifícios impostos ao vosso pequeno país, comoveu e tocou o coração do povo Português no outro longínquo canto deste velho continente chamado Europa. Talvez fosse por causa de um sentimento de irmandade, ou mesmo de identificação com os sacrifícios para que uma outra nação pequena e periférica acabava de ser atirada... mas a ânsia de ajudar a Finlândia rapidamente emergiu entre os Portugueses, tão orgulhosos que são hoje quanto orgulhosos eram então dos valores da independência e da nacionalidade. A nação europeia com as fronteiras mais estáveis e com a paz mais duradoura de todas, não podia permitir-se, e não permitiu, permanecer no conforto da passividade de nada fazer relativamente ao destino para o qual a Finlândia tinha sido atirada, confrontada que esta estava com o perigo iminente de se tornar em apenas mais uma província Estalinista.

Portugal era na altura um país encruzilhado, submergido em pobreza e constrangido por uma ditadura cruel e fascista. Os Portugueses eram nesses tempos quase todos invariavelmente pobres, analfabetos, oprimidos e infelizes, mas também trabalhadores, honestos, orgulhosos, unidos e cheios de compaixão, mobilizados em solidariedade para oferecerem o que de mais pequenino conseguiram repescar para ajudarem o necessitado e desesperado povo Finlandês.

Em cidades e vilas e aldeias de Portugal, agricultores, operários e estudantes, pais e mães, que aos milhões talvez possuíssem não mais do que apenas 3 mudas de roupa, ofereceram os para si mais modestos e preciosos bens que, mal grado a penúria, conseguiram prescrever como dispensáveis: cobertores, casacos, sapatos e casacões, e para os mais felizardos sacos de trigo e quilos de arroz cultivados à mão nas lezírias e terras baixas dos rios portugueses. As ofertas foram recolhidas por escolas e igrejas do norte e do sul, e embarcadas para Helsínquia com a autorização prévia da Alemanha Nazi e Aliados.

Num extraordinário gesto de gratidão, o Sr. George Winekelmann, que era o então representante diplomático da Finlândia em Lisboa e Madrid, publicou um apontamento na primeira página do prestigioso jornal “Diário de Noticias” para agradecer ao povo Português a ajuda e assistência prestadas à Finlândia no mais difícil de todos os inconsoláveis tempos.
O bem-haja a Portugal foi publicado no vigésimo primeiro dia de Abril de 1940, há quase exactamente 70 anos neste dia presente que corre, e descreve que “Na impossibilidade de responder directamente a cada um dos inumeráveis testemunhos de simpatia e de solidariedade que tive a felicidade de receber nestes últimos meses, e que constituíram imensa consolação e reconforto moral e material para o meu país, que foi objecto de tão dolorosas provações, dirijo-me à Nação Portuguesa, para lhe apresentar os meus profundos e comovidos agradecimentos. Nunca o povo finlandês esquecerá a nobreza de tal atitude. Estou certo de que os laços entre Portugal e Finlândia se tornaram mais estreitos e que sobreviverão ao cataclismo do qual foi o meu país inocente vítima, contribuindo assim para atenuar as consequências de tão injustificada agressão”.

Em virtude de um outro esforço de ajuda à Finlândia organizado por estudantes Portugueses, o Sr. George Winekelmann mais uma vez voltou à primeira página do mesmo jornal para, numa nota escrita no dia 16 de Julho de 1940, expressar o seu imenso agradecimento: “O Sr. George Wineckelmann, ministro da Finlândia, esteve ontem no Ministério da Educação Nacional (…) a agradecer o interesse que lhe mereceram as crianças do seu país por ocasião do conflito com a Rússia (…) e o seu reconhecimento pela importante dádiva com que os estudantes portugueses socorreram os pequeninos da Finlândia”.

Por irónico que seja, o nacionalismo e as formas pelas quais alguns Europeus escolhem para o expressar nos dias presentes, estão em completo contraste com o valor do conceito de Nação expresso há 70 anos por um país bem mais velho, e por um povo bem menos rico e bem mais analfabeto, quando confrontado com a luta pela sobrevivência de uma nação-irmã, que é bem mais rica, bem mais instruída e… bem mais jovem.
Todos devemos ao passado a honra de não esquecer os feitos e triunfos daqueles que já não vivem. O conceito de verdadeiro nacionalismo não pode jamais ficar dissociado do dever de honrarmos o passado. Ao cabo de 870 anos de História, por vezes com feitos tremendos e ainda maiores descobertas, um dos sucessos de Portugal como nação tem sido a capacidade de o seu povo unido e homogéneo, olhar serenamente de mãos dadas para lá do horizonte da sua terra, sem nunca ter medo dos desafios desconhecidos dos sete mares em frente, sem nunca fechar a ninguém as portas hospitaleiras e da amizade, e sem nunca fugir dos contratempos que possam defrontar-se-lhe na senda do seu destino.

Por mais irónico que seja, algo não parece bater certo quando a condição a que chegou a economia de um Estado de uma pequena nação, por maneira curiosa se torna talvez decisiva nas escolhas eleitorais tomadas por um povo de uma outra e ainda mais pequena nação, no outro canto tão longínquo da Europa. Por mais que merecida ou desejável que possa ser, a recusa de auxiliar e ajudar uma nação dorida e testada pelos ventos de um cataclismo financeiro não é provavelmente o passo mais sábio de países unidos por espírito e orgulhosos de honrarem os verdadeiros intrínsecos valores de solidariedade e mútua amizade, em especial quando atormentados por adversidade e ventanias de crise.

Por mais corrupta que a sua elite se comporte, por mais desgovernado que o seu país ande, e por mais caloteiro que o seu Estado seja, os homens e mulheres comuns de Portugal, filhos e filhas e netos e netas daqueles que viviam há 70 anos atrás, sentem-se e são os reféns e vítimas inocentes de uma Guerra financeira que viram ser-lhes declarada contra os seus bolsos e carteiras, e que ameaça as suas honestas e modestas poupanças.

Mas não obstante confrontados nos agora tempos de hoje, em aparente insolvência e nas mais sozinhas de todas as suas horas, com o desespero e adversidade, eu estou confiante e seguro de que os Portugueses de hoje, mães e pais, agricultores, trabalhadores, padres e estudantes, e até mesmo crianças, de lés a lés naquele país se elevariam da consciência, a fim de mostrar os seus mais sinceros e genuínos sentimentos de nacionalismo e humildade para ajudarem e confortarem Finlândia e o povo finlandês, se alguma outra vez cataclismo ou desastre batesse à porta da Finlândia e iluminasse a ideia obscura da extinção da heróica nação Finlandesa, tal como aconteceu há sete décadas passadas.

Todos nós podemos aprender com as pequenas e genuínas lições dos tempos que lá vão.

Hélder Fernandes
Correspondente da TSF

From Portugal To Finland With Love!

What the Finns need to know about Portugal...
... and for that matter, everyone else!

Monday, September 29, 2008

Matt Damon Rips Sarah Palin

Actor Matt Damon spoke out on the Republicans' choice of hockey-mom Sarah Palin for VP. Damon compares her rise to a 'really bad Disney movie' and says it's absurd that this woman could become President.



"I think there's a really good chance Sarah Palin could become president, and I think that's a really scary thing... I think the pick was made for political purposes... Do the actuary tables and there's a one out of three chance, if not more, that McCain doesn't survive his first term and it'll be President Palin... It's like a really bad Disney movie. The hockey mom, you know, 'oh, I'm just a hockey mom'... and she's facing down President Putin... It's totally absurd... it's a really terrifying possibility... I need to know if she really think that dinosaurs were here 4,000 years ago. I want to know that, I really do. Because she's gonna have the nuclear codes.

Saturday, October 27, 2007

Xafarica

Derivação de "chafarica": s. f., pop., loja maçónica; baiuca; taberna; botequim; vendória.











Abriu um novo blogue de vendas e trocas de "quase" tudo...
Chama-se XAFARICA.
Coisas novas e em 2ª mão.
O desperdício é inimigo. Reciclar a palavra de ordem.

Jogos de tabuleiro, hardware, software, máquinas fotográficas, etc., em vez de estarem parados, no lixo, ou esquecidos nalgum canto, são reaproveitados, reutilizados e proporcionam experiências novas aos novos donos, e assim prolongam a sua vida útil.

Tem o nosso patrocínio. :-)
Visitem-no!

Tuesday, August 07, 2007

VENDE-SE: Acer Aspire 1604LC

Principais Características:
Processador: Intel Pentium 4 a 2.8Ghz
Disco Rígido: 40 GB
Memória RAM: 512 MB
Ecrã: 15'' TFT
Leitor e Gravador: CD/DVD (leitor)
Placa Gráfica: ATI Radeon 9000 (com 64 MB de memória)
Resolução: 1024 x 768 (24-bit)

Descrição:
The Acer Aspire 1600 series is designed for employees of small and medium businesses, and for self employed professionals looking for a complete workplace that combines strong performance with unlimited features wherever they are, and who also want to use it occasionally for leisure and entertainment use while at home. It is also for private users who don't want space consuming PCs, but still need a mobile computer that can provide impressive entertainment features, straightforward Internet access, and comfortably handle all home applications.

Informação Adicional:
Idade: 3 anos
Estado: Bom
Preço: 500 € (negociável)

Alberto João Jardim

já tem um grupo no Hi5.

Monday, July 23, 2007

Curtas que Curto: GRATTE-PAPIER

Título: Gratte-Papier
Realizador: Guillaume Martinez
País: França
Ano: 2006
Duração: 8 min 7 seg
Website: http://www.babelonedrone.net/

Prémios e Distinções: Urso de Prata, Berlim 2006; Selecção Oficial do Sundance Film Festival, 2007;

Saturday, July 14, 2007

Sway

Thursday, June 07, 2007

Virgília era um pouco religiosa.

Não ouvia missa aos domingos, é verdade, e creio até que só ia às igrejas em dia de festa, e quando havia lugar vago em alguma tribuna. Mas rezava todas as noites, com fervor, ou, pelo menos, com sono.

in Memórias Póstumas de Brás Cubas (capítulo LVII, Destino), de Machado de Assis

O que diz a chave à fechadura?

Vamos dar uma voltinha?

Wednesday, June 06, 2007

Stumbling On Happiness

Pois que estou a gostar muito deste livrito.
Esqueçam a capa à la "Desperate Housewives" ou mesmo "Sex And The City" e comprem o dito.

Fi-lo depois de este me ter sido recomendado por várias pessoas e na sequência de uma conversa tida no último fim de semana.
Se bem me recordo, a premissa dessa conversa foi de que há pessoas que nascem com vocação para a felicidade...

Sinopse e opinião sobre o livro:
"Do you know what makes you happy? Daniel Gilbert would bet that you think you do, but you are most likely wrong. In his witty and engaging new book, Harvard professor Gilbert reveals his take on how our minds work, and how the limitations of our imaginations may be getting in the way of our ability to know what happiness is. Sound quirky and interesting? It is!"

Excerto da opinião do Malcolm Gladwell (autor de Blink e Tipping Point):
"... Stumbling on Happiness is a book about a very simple but powerful idea. What distinguishes us as human beings from other animals is our ability to predict the future--or rather, our interest in predicting the future. We spend a great deal of our waking life imagining what it would be like to be this way or that way, or to do this or that, or taste or buy or experience some state or feeling or thing. We do that for good reasons: it is what allows us to shape our life. And it is by trying to exert some control over our futures that we attempt to be happy. But by any objective measure, we are really bad at that predictive function. We're terrible at knowing how we will feel a day or a month or year from now, and even worse at knowing what will and will not bring us that cherished happiness. Gilbert sets out to figure what that's so: why we are so terrible at something that would seem to be so extraordinarily important?

In making his case, Gilbert walks us through a series of fascinating--and in some ways troubling--facts about the way our minds work. In particular, Gilbert is interested in delineating the shortcomings of imagination. We're far too accepting of the conclusions of our imaginations. Our imaginations aren't particularly imaginative. Our imaginations are really bad at telling us how we will think when the future finally comes. And our personal experiences aren't nearly as good at correcting these errors as we might think.

I suppose that I really should go on at this point, and talk in more detail about what Gilbert means by that--and how his argument unfolds. But I feel like that might ruin the experience of reading Stumbling on Happiness. This is a psychological detective story about one of the great mysteries of our lives. If you have even the slightest curiosity about the human condition, you ought to read it. Trust me."

Confiem no Malcolm e já agora em mim...

Monday, June 04, 2007

Ou estás caladinho

ou fecho-te à Chavez.

Wednesday, May 23, 2007

Notícia de Última Hora

Sou oficialmente amiga do Amon Tobin.

Tuesday, May 22, 2007

Como uma brisa vinda do mar

Intensamente aromática, naturalmente refrescante e cumplicemente licenciosa. Pirates Choice, da Orchestra Baobab - a banda sonora deste Verão.

A menina dança?

Friday, April 20, 2007

Mendes Bota Palavra

"A liberalização cega dos horários de trabalho acarreta consequências nefastas: não gera mais empregos, destrói empregos estáveis e cria empregos precários em sua substituição, acelera o consumismo, aumentando o endividamento das famílias, desvia os cidadãos das relações sociais, culturais e de cidadania.

Uma revisão da actual lei deveria estipular um máximo semanal de horas de abertura dos estabelecimentos comerciais e o encerramento geral ao domingo, mas com excepções para as áreas turísticas, para a restauração (...), com base em critérios objectivos."

Mendes Bota, PSD - há umas semanas, no Expresso