Cada um tem o que merece...

...e eu e vocês merecemos Cavaco!





Venceu um "homem simples" com objectivos "simples" eleito por um "povo simples".










Extrapolando, e muito no estilo das palavras que Cavaco terá usado em entrevista ao "The Economist" quando terá afirmado que "o povo simples" estava com ele, (em vez do politicamente mais correcto "the average citizen" - o cidadão comum), venceu um homem simplório, com objectivos simplórios, eleito por povo simplório.

Não faz mal. Pois não?
Isto das maiorias às vezes tem que se lhe diga. Não me sinto representado por este Presidente. Não faço parte do rebanho vencedor. Do rebanho que está convencido que dentro de mesitos vamos ter um "Portugal Maior" e que as condições de vida da malta mais mês menos mês irão melhorar significativamente.

O Presidente eleito é reflexo do povo que o elegeu. Temos um povo limitado. Limitadinho. 'Tadinho do povinho... 'Tadinho do Sr. Presidente eleito, que não lê (salvo livros de economia), que não aprecia arte, não vai muito ao cinema e ao teatro, que não faz... Enfim. 'Tadinho. E o país? Ai o país, 'tadinho do país, que vai andando mas com umas "dores nas cruzes". 'Tadinho!

Começo a contemplar a emigração com um sorriso malandro. Só que não regressaria à pátria para mostrar o meu sucesso além fronteiras, e construir uma casa no interior do país com uns azulejos de gosto discutível. Ficava lá! E só voltava num caixão (quais cremado, quais carapuça), e isto só para dar trabalho a quem cá ficou.
Bom a não ser que o Sr. Cavaco consiga dar-nos um "Portugal Maior!?" Entra sotaque de Viseu: Ai Sr. Cavaco valha-nos o Sr. que é amigo do povo... 'Tadinho. Dê-me a mão que eu dou-lhe a nacão.

E despeço-me citando as palavras anónimas de um apoiante do Presidente eleito: "É a hora de levar a nau lusitana a bom porto. Desfraldo as velas, embarco nela!" (Eu só não entendo se até este amigo também contempla a ideia de se pirar do país?) :-)