Sorte, Sexo e "Sidade"

ontem fomos ao cinema: eu, o meu amigo e o meu carro (o Belmiro exige uma taxa de permanência no seu empreendimento que inclui cinemas e cujos filmes podem demorar entre uma a duas horas e meia. deve ser para pagar as pipocas que 10% da população não consome quando em frente ao grande écran e mais aquelas que os restantes 90% deitam no chão e ficam por lá à espera de se agarrarem a uns sapatos quaisquer).

1ª sessão: "Match Point" - 21h35, starring a mais actual diva do cinema Scarlett Johanssen. perdoem-me se escrevo mal o apelido, mas o que interessa é que a donzela é a mais 'não perfeita' das mulheres, o que a torna uma diva - as formas do seu corpo são arredondadas como as de uma Brigit Bardot ou da típica 'boazona' que arrasta os nossos olhos atrás quando passa na rua. parabéns à menina do cavalo encantado do Robert Redford que nada tem a haver com as 'top model' a que nos habituam as americanadas e é uma sedutora nata. não sendo uma fã por aí além de Woody Allen, embora lhe confira um enorme talento e ousadia, foi talvez dos melhores filmes que vi ultimamente. aconselho. para quem gosta de pensar e sair de um espectáculo com a sensação de que ganha alguma coisa com o que viu, faz pensar. nos valores da vida e em temáticas tão abstractas quanto sorte e azar, bons e maus, enfim - a eterna dicotomia. mais um retrato humano. no seu melhor. pintado a preto e branco para se verem bem as entranhas de que somos feitos.

2ª sessão: 00h30, "Sexo e a Cidade". último episódio. o derradeiro. aquele por quem todos esparávamos e só nos impingiam as repetições das repetições. como também esperávamos pela resposta À pergunta - ficará a nossa romântica, cosmopolita e urbana protagonista com o Mr. Big?! FICA! bem me queriam convencer do contrário mas tinha de ser assim. eu acreditava. eu sabia que não há nada mais bonito que um casal cheio de vícios e imperfeições. eu sabia que as diferenças só fazem diferença quando não há nada igual e tudo se complementa. e o nosso casal era maravilhoso, não acham? eu acho. foi pois um final em jeito de 'felizes para sempre' mas com uma pitada de 'pelo menos por enquanto que é o que interessa'. até chorei. bem à moda de uma solteira na cidade onde o sexo não abunda assim tanto como para as nossas solteiras nova-iorquinas. só se for para as que estão nas escadas do Técnico e mediante uns euros previamente negociados. enfim. venham mais séries como esta, venham mais Samantha Jones e Carrie Bradshaw. venham mais estórias de romance e amor e sexo. porque o romance e o amor e o sexo são bons é em pacote - é como o 3 em 1 - fica mais em conta e é tudo o que se quer. é como ter mais sorte e sexo e "sidade".