zangam-se as comadres...

descobrem-se as verdades. sempre fui uma adepta dos ditos populares, afinal, são a sabedoria do povo em bruto, real e sem falsidade. hoje de manhã, enquanto me preparava para mais um dia de trabalho, ouvi na rádio que Zidane - jogador da selecção francesa - tinha ido a um programa, acompanhado pela sua progenitora, falar acerca do (infeliz) episódio da cabeçada ao jogador italiano. dizia ele que sabia ter tido uma atitude incorrecta, mas que não se arrependia e teria feito tudo de novo. a mãe, estremosa e concerteza, envergando o seu logotipo de 'mãe do grande Zidane', apoiava o filho e acrescentava ainda que 'servia os tomates desse italiano numa bandeja'. mais à frente, quando passava os olhos pelo Público ao sabor de uma chávena de café-de-água-suja, lia de novo em grande título na secção de desporto estas mesmas afirmações.

depois da vergonha que assistimos relativamente ao comportamento dos ingleses com o Ronaldo, e-sabe-Deus-que-eu-não-simpatizo-nada-com-o-miúdo, chego à conclusão que o futebol é um ninho de víboras. de tias e tios. de comadres. de Caras e Lux. de donas de casa desesperadas. e então o profissionalismo? a qualidade dos jogos do Mundial? afinal, tudo não passa de uma reunião de condóminos - mas em campo aberto e com quotas muito mais altas. e ainda dizem que o futebol é um desporto sério.