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Wednesday, July 26, 2006

Quando a saudade aperta o coração desperta

Tenho um "dizer" de estimação que é meu (empresto-o, mas do qual não estou disposto a prescindir, até porque me tem sido útil): "Quando a saudade aperta o coração desperta."
É simples, piroso Q.B. (sem roçar uma Floribela), objectivo, factual, simpático e flexível. Trago-o comigo e uso e abuso do mesmo sempre que surge uma ocasião.

Hoje a despropósito disto ocorreu-me que há expressões e interjeições quiçá geracionais que estão a cair em desuso e a desaparecer gradualmente com o decorrer do tempo. Não são "ditados" nem "dizeres", mas sim expressões, interjeições e bengalas de linguagem corrente.
E é com saudade (daí a relevância e oportunidade do meu dizer de bolso) que gostaria de ressuscitar por breves momentos algumas expressões pela quais deveríamos nutrir algum carinho...

Quem não tem saudades dum "Ai, Jesus!" (pronuncia-se "Ai, Jasus!") ou dum "Credo!", que se poderá complementar com um "Deus me livre!" ou para os mais puristas e festivaleiros, "Deus me livre e guarde!"? Estas são de cariz marcadamente religioso, mas isso só contribui (e em muito) para o seu estatuto, pirosice e para o facto das novas gerações (em particular as urbanas) terem deixado de as adoptar (os D'ZRT aqui podiam ajudar na evangelização, não tivessem eles outras prioridades ou não estivessem limitados por expressões tão nossas como o "check-it out coliseu!"). Temos ainda as interjeições assumidas, como o "livra!", "apre!" e o "irra!".

Se semanalmente tentássemos todos empregar uma nova palavra ou expressão no nosso vocabulário corrente ao mesmo tempo que ressuscitamos uma destas em extinção, o mundo em geral e a nossa língua em particular ficariam agradecidos.
Peço-vos: reflictam e recordem com saudade outras expressões amigas como as que referi. Esta semana vou tentar recorrer com frequência ao "Ai, credo!" e também à palavra "prosaico". Certamente vou construir frases por um lado riquíssimas, por outro desconcertantes. (Humm... "Desconcertante" também é uma palavra engraçada, imbuída de matizes ricas. Olha, lá está!: "matizes" ou mesmo "imbuída", são palavras catitas a pedir algum afecto e uso.)

3 Comments:

At 29.7.06, Anonymous Anonymous said...

Caríssimo, é com enorme deleite que leio este seu post. Em boa verdade quero enaltecer a sua feliz iniciativa de lembrar tão maravilhosas expressões. Faça a todos nós, seus grandes admiradores o enorme obséquio de deixar com a frequência a que nos habituou o seus divertidérrimos posts. De acordo ?
Um bem haja!
PS. Xou um anónimo, bê lá che adibinhas quem xou eu!

 
At 2.8.06, Blogger Spirale said...

Estou francamente sensibilizado com o seu comentário simpático que aproveito para agradecer. Como sabe, estamos aqui para o servir (a si e aos seus) e para nos servirmos. Tenho as minhas suspeitas relativamente à autoria do comentário. Será certamente uma de duas pessoas... Mas como receio ofender a preterida, não correrei o risco de o identificar em público. :-) Dois bem haja!

 
At 3.8.06, Anonymous Anonymous said...

Olá spirale estpero que esteja bem, compreendo que tenhas dúvidas por causa da assinatura!
Vê se arranjas mais tempo para o blog, tens posto poucos posts!

a bem da nação,

Anequim

 

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